
Winterscape, Paul Kosal
No meio do jardim, o coreto pintado de verde projectava uma sombra dominadora ao lado das árvores despidas. O som do repuxo compassava o movimento dos carros lá ao fundo, para os lados do rio. Os bancos de ripas vermelhas mostravam a sua solidão indiferente a quem passava, namorados, casais de meia-idade, uma criança pedalando apressada a bicicleta.
Os candeeiros ainda se mantinham desligados naquele fim de dia.
O homem caminhava lentamente sobre as folhas secas. Por vezes parava a falar consigo próprio. Parecia alheado da harmonia melancólica do jardim. Trazia um sobretudo de um cinzento atemporal e os traços do rosto eram indefinidos pela ausência da luz.
Quando se aproximou do coreto, olhou-o demoradamente, retirou as mãos dos bolsos e, maestro sem orquestra e sem batuta, agitou os braços como se estivesse nos acordes finais de uma qualquer sinfonia de Beethoven.
Os candeeiros ainda se mantinham desligados naquele fim de dia.
O homem caminhava lentamente sobre as folhas secas. Por vezes parava a falar consigo próprio. Parecia alheado da harmonia melancólica do jardim. Trazia um sobretudo de um cinzento atemporal e os traços do rosto eram indefinidos pela ausência da luz.
Quando se aproximou do coreto, olhou-o demoradamente, retirou as mãos dos bolsos e, maestro sem orquestra e sem batuta, agitou os braços como se estivesse nos acordes finais de uma qualquer sinfonia de Beethoven.
Sem comentários:
Enviar um comentário