
Helen of Troy, E.Blair Leighton
…é o nome de uma das personagens de A Costa dos Murmúrios, Helena de Tróia. É sobre esta personagem que são produzidas algumas das reflexões mais interessantes da narradora (Eva Lopo).
Helena de Tróia é vista simultaneamente como um símbolo e uma vulgaridade. Ainda não sei se aquele suplantará esta.
Mas Helena de Tróia era a abstracção de quê?
……. ela poderia ser o corpo que servisse de abstracção, em simultâneo, da Beleza, da Inocência e do Medo, e assim tudo ficaria explicado.
…..
Só que a casa dela, tanto quanto o morro e a portada não eram abstracção. Nem a casa, nem as plantas que enchiam o acesso à casa, nem o portão, nem os mainatos. Fazia um calor intenso … Foi essa mainata quem a conduziu até um longo living onde havia uma excessiva frescura, e dentro da frescura estava Helena. Evita não devia ter entrado na frescura. Evita era eu.
Helena de Tróia é vista simultaneamente como um símbolo e uma vulgaridade. Ainda não sei se aquele suplantará esta.
Mas Helena de Tróia era a abstracção de quê?
……. ela poderia ser o corpo que servisse de abstracção, em simultâneo, da Beleza, da Inocência e do Medo, e assim tudo ficaria explicado.
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Só que a casa dela, tanto quanto o morro e a portada não eram abstracção. Nem a casa, nem as plantas que enchiam o acesso à casa, nem o portão, nem os mainatos. Fazia um calor intenso … Foi essa mainata quem a conduziu até um longo living onde havia uma excessiva frescura, e dentro da frescura estava Helena. Evita não devia ter entrado na frescura. Evita era eu.
A Costa dos Murmúrios, Lídia Jorge
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