the rose garden
Paul Klee
Agora quero a prisão de um jardim.
Calei o voo de um pássaro na garganta verde
e debruço-me sobre mim à procura de sinais.
Estou dentro do jardim e dentro de mim.
Procuro com a curiosidade científica dos esquemas
com setas de indicação de sentido até ao cerne.
Até à palavra mãe primitiva despida de adjectivos.
Assim ocupando o espaço do vento. Vida. Morte.
E entre a vida e a morte, o amor o ódio
o medo a angústia a indiferença o desdém
a posse o desprendimento. Os pecados e a absolvição
e o voo do pássaro para além da garganta verde.
laerce
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