quinta-feira, setembro 01, 2005

let the sun shine in




Fui ontem à Fnac. Está tudo dito!
Bem, na verdade, andei apenas à roda dos livros sem intenção alguma de comprar nada. Apenas tocar, folhear, ler um princípio e um fim, ler o conteúdo das badanas, as recomendações. Observar a forma como as pessoas circulam por ali. Há certos hábitos que se adquirem, que se entranham e depois. Onde vamos? À Fnac. Pois.

Na secção dos vídeos lá estava o filme Hair, em promoção, sete euros e qualquer coisa. Ah, isto vai…
Para mim é um filme marcante, completo. Fala, ou melhor canta o lado solar e o lado lunar e no entanto deixa uma sensação de leveza, uma espécie de aceitação da vida, uma lição sem ser preciso recorrer a nenhum artifício ou convocar qualquer força interior que não seja viver o que a vida nos traz.

Costumo passar este filme para os meus alunos quando abordamos a temática de Maio de 68. Dá-lhes uma noção do mundo naqueles loucos e determinantes anos para a sociedade ocidental, das guerras, dos grupos, das experiências psicadélicas, da solidariedade, do amor, da liberdade, de até onde a liberdade pode ir. Acima de tudo, situa-os e dá-lhes os referentes para muitas das opções e vivências que são as deles.

Acho engraçado o debate que se segue. Constato que muitos alunos sequer imaginariam que os pais alguma vez teriam vestido e pensado daquela forma. Que afinal tanta coisa que vêem hoje é, nada mais, nada menos, o que os pais já viram, já passaram. Constato que o filme lhes desperta simpatia e que os valores que a escola tanto se esforça para aplicar estão ali acompanhados de música e dança, num conjunto harmonioso de uma era de muitos sonhos, a era do Aquário.

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