domingo, outubro 02, 2005

velado


Brian Gordon Green

Não quero que o meu amor te pese nas mãos
como malas de viagem no cais de embarque.

Nem quero que te fira os olhos com lágrimas
no momento do adeus abafado num soluço.

Não quero ligado a nós nenhum lugar,
nenhuma música, nenhum momento do dia.

Quero mesmo ser o sussurro do riacho,
a água fresca ou a brisa que te afaga o rosto.

Quero que o meu amor seja uma luz
diante dos teus passos, de todos os teus passos.

Quero que sorrias enquanto dormes
Enquanto teço a teia em que te prendo.


...
laerce

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