quarta-feira, janeiro 18, 2006

ensaio


Orah Moore


Escrevo e o que faço é traçar um rio
com o teu rosto na foz.
Cada palavra resiste para atingir
o mar derramado nos teus olhos.
Muitas morrem e oxidam nas margens
como barcos velhos a que ninguém dá atenção.
Algumas lutam ofegantes à tona de um verso
como reflexo de uma estrela.
Outras dardejam beijos de alegria
convencidas do calor da tua voz.
Se te chegarem à alma
saberei pela serenidade das marés.


...

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