quarta-feira, dezembro 06, 2006

ao deus-dará

Devolvo-te o sentido intrínseco
de um braço adormecido ao redor da noite, nas sombras sem nome sob
as quais construo um contexto, dito assim, de amor desconstruído, não inscrito, chamado vadio também.


Como uma flor aberta numa das ruas bordadas de natal que se estendem por aí
neste tempo vestido de vento e frio, na cidade por onde escorrem saudosos os romances em direcção ao mar, ao degredo.
A cidade onde sempre morei.

Dito assim o amor sabe a sonho sem noite e a noite apenas tem um braço adormecido. Há um rio que engole as margens
e o outro lado torna-se inatingível.
Então a noite cresce também, dilata-se para além da luz que virá.

Volto ao princípio, ao sentido intrínseco
de uma palavra repousada no braço adormecido
ao redor do teu corpo.


...

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