sexta-feira, junho 29, 2007

ruína



Passei a fronteira sem me despedir de mim. Em tempos levava as mãos carregadas de gestos a saber a orvalho. Penso que o agora já existiu, que o guardei em qualquer fotografia, talvez num sorriso. Não o encontro e a minha memória está cheia de perigos. Posso escorregar a qualquer momento e encontrar o silêncio vago de uma palavra à face da estrada e reconhecê-la como minha, e ela a olhar-me imóvel e estranha enquanto aplico todo o esforço físico para me manter de pé e seguir em frente. Não que tenha a veleidade de querer voltar ao princípio, mas porque te posso encontrar a ti.








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