domingo, setembro 30, 2007

um adeus vienense



Abandono a cidade aos pássaros, entendo-me no sofá e abro os braços. Da ponta dos dedos saem palavras ao deus-dará, associações livres, memórias recalcadas, lapsos preenchidos de sentidos ou sonhos esquisitos como cadáveres sem margens. A minha alma é uma praia que não sabe a mar e só o vento varre as algas ressequidas na epiderme dos desejos. Viena há muito ficou para trás, umas fotos preservam os sabores coloridos que suavemente passarão a sépia, grãos de areia sobre um corpo adormecido.

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