Recupero praga depois de acordar janis que as saudades são sempre muitas mas por vezes ficam de lado porque não sendo ela vivo a ânsia do momento e o momento ainda é de praga. O feitiço da cidade não me é visível a olho nu. Uma certa conjugação de ingredientes em doses que tento apurar ao milímetro, como o louco e inodoro grenouille que suskind reteve para sempre também num livro que li ou num perfume que nunca experimentei; um desejo superior ao tempo cronológico e atmosférico; uma disfarçada ignorância das verdades que ao longo dos tempos enformaram as calçadas, os edifícios e as estátuas que nos miram em silêncio oracular de todos os ângulos e a alegre inconsciência disso que pessoa prendeu à pobre ceifeira quando a ceifeira era ele embora em lisboa não haja campos,ou houve um que queria ser tudo de todas as maneiras mas o corpo não deixou e ficou para sempre no cais das colunas à espera de sá-carneiro que nunca viria daquela cidade onde grenouille praticou o seu primeiro crime e que não é praga sendo certo que em praga também se cometeram crimes estranhos e inexplicáveis por mais processos que se leiam e se interpretem. Um deles foi empurrar joão nepomuceno para o rio moldava do cimo da ponte carlos.
foto: Praga muito parcial.
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