
Scolastic Information, Robert Doisneau
Nunca gostei de ir à escola. Estás a rir? É verdade nunca…nunca. Porquê? Não sei, apetecia-me ficar doente quando chegavam os primeiros dias de Outubro, apetecia-me que os dias não passassem, que o frio não viesse, apetecia-me ficar sentada ao sol ou debaixo das macieiras no quintal, a ler tudo o que me vinha parar às mãos, ou então a brincar na vinha com os miúdos da rua, à procura de gaipas escondidas nas folhas multicoloridas que brevemente iriam começar a cair.
O primeiro dia de aulas era sempre um sacrifício. Retornar à finitude de uma sala de aula, conhecer a professora, um longo dia de apresentações, composições sobre as férias, recreios tímidos, brincadeiras controladas. Sentia que me iam aprisionar e pior, que eu não tinha escolha. Nunca sentiste isso, sempre gostaste da escola? Eu não. Claro que com a passagem dos dias esquecia-me das férias e da liberdade que gozava durante o dia e dos longos serões a ouvir histórias de assombrações e de forças estranhas que impeliam as pessoas a tomar certas atitudes inexplicáveis aos olhos assustados dos ouvintes. Lentamente domesticava os meus sonhos e passava a ser aplicada e suavemente disciplinada. Como me conheces.
Não, não posso dizer que odiava a escola, mas acho que lhe atribuía um espaço dentro do meu mundo. Um espaço à medida das obrigações a cumprir para não reprovar, e pronto. Um dia, na terceira classe fui em visita de estudo a uma central tratamento de águas.
O primeiro dia de aulas era sempre um sacrifício. Retornar à finitude de uma sala de aula, conhecer a professora, um longo dia de apresentações, composições sobre as férias, recreios tímidos, brincadeiras controladas. Sentia que me iam aprisionar e pior, que eu não tinha escolha. Nunca sentiste isso, sempre gostaste da escola? Eu não. Claro que com a passagem dos dias esquecia-me das férias e da liberdade que gozava durante o dia e dos longos serões a ouvir histórias de assombrações e de forças estranhas que impeliam as pessoas a tomar certas atitudes inexplicáveis aos olhos assustados dos ouvintes. Lentamente domesticava os meus sonhos e passava a ser aplicada e suavemente disciplinada. Como me conheces.
Não, não posso dizer que odiava a escola, mas acho que lhe atribuía um espaço dentro do meu mundo. Um espaço à medida das obrigações a cumprir para não reprovar, e pronto. Um dia, na terceira classe fui em visita de estudo a uma central tratamento de águas.
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