Mas rapidamente a esqueceu. A noiva vinha chegando. Os olhares expectantes agitavam-se. Os músicos iam debitando a marcha nupcial. A entrada do salão era uma moldura à espera de um retrato e a noiva surgiu esplendorosa no seu vestido bege, bordado de pequeninas flores da mesma cor, com um corpete bordeaux por onde se espraiavam os cabelos loiros, aparentemente descuidados. Trazia suavemente pendido o ramo, um antúrio vermelho de onde se destacava um espadice amarelo vivo. Filipa seguiu os passos da noiva, o olhar cúmplice e nervoso dos noivos, a caminhada lenta até à mesa e sentiu-se a planar.
Estavam agora no baile. O espaço era o mesmo, o cenário era outro, mas os músicos continuavam com músicas brejeiras e românticas à mistura, para agradar a todos. Há muito que o sol se tinha posto. A mesa que servira para assinar o laço sagrado abrigava agora garrafas e copos. As cadeiras estavam desalinhadas e encostadas à parede onde algumas mulheres se sentavam conversando umas com as outras e rindo. Muitos convidados preferiram ficar na ampla e aquecida sala de jantar em agradáveis conversas. Os empregados diligentes rondavam os copos e distribuíam sorrisos que contrastavam com expressões de cansaço. Os noivos abriram o baile e continuaram o baile. Poucos se atreveram a avançar e as mulheres ansiosas por gingar o corpo lá iam aos pares até que a música terminasse e pudessem soltar risadas de contentamento. Filipa gostava de dançar mas sentia-se envergonhada. A noiva foi buscá-la e dançaram alegremente enquanto o noivo se inteirava da forma como as coisas estavam a correr.
No momento de atirar o ramo, todos os convidados se amontoaram no salão. Os músicos animavam os preparativos misturando acordes a frases de circunstância. As solteiras para trás da noiva. Algumas casadas, picadas pelos maridos, lá foram sorrateiramente tornar o grupo mais compacto e já agora as crianças também. A contagem decrescente foi interrompida várias vezes, risos. E não vale. E vale. Saem as casadas. Ficam as casadas. É batota. Não vale. Vale, vale, atira. Filipa atenta saltou mais alto e apanhou o ramo.
Estavam agora no baile. O espaço era o mesmo, o cenário era outro, mas os músicos continuavam com músicas brejeiras e românticas à mistura, para agradar a todos. Há muito que o sol se tinha posto. A mesa que servira para assinar o laço sagrado abrigava agora garrafas e copos. As cadeiras estavam desalinhadas e encostadas à parede onde algumas mulheres se sentavam conversando umas com as outras e rindo. Muitos convidados preferiram ficar na ampla e aquecida sala de jantar em agradáveis conversas. Os empregados diligentes rondavam os copos e distribuíam sorrisos que contrastavam com expressões de cansaço. Os noivos abriram o baile e continuaram o baile. Poucos se atreveram a avançar e as mulheres ansiosas por gingar o corpo lá iam aos pares até que a música terminasse e pudessem soltar risadas de contentamento. Filipa gostava de dançar mas sentia-se envergonhada. A noiva foi buscá-la e dançaram alegremente enquanto o noivo se inteirava da forma como as coisas estavam a correr.
No momento de atirar o ramo, todos os convidados se amontoaram no salão. Os músicos animavam os preparativos misturando acordes a frases de circunstância. As solteiras para trás da noiva. Algumas casadas, picadas pelos maridos, lá foram sorrateiramente tornar o grupo mais compacto e já agora as crianças também. A contagem decrescente foi interrompida várias vezes, risos. E não vale. E vale. Saem as casadas. Ficam as casadas. É batota. Não vale. Vale, vale, atira. Filipa atenta saltou mais alto e apanhou o ramo.
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