sábado, novembro 26, 2005

première


Onchi Koshiro


Leio poesia para preencher a memória
-a vida, se quiseres - com a cor e a textura dos versos.
Vou buscá-la às prateleiras flutuantes das emoções
e deixo-a cair pelos ombros, pesada de mais, por vezes.
Por vezes, solta e leve nos meus lábios.
Leio em voz alta dentro de mim para que o eco
se prolongue na respiração e nunca sinta o vazio.
Não pergunto nada à poesia que leio,
olho-me ao espelho e vejo se me fica bem,
se me deixa confortável e se me aquece
-porque estamos no Inverno e lê-se poesia conforme as estações.




...

Sem comentários:

Arquivo do blogue

mail