Ontem vi alguns diógenes a passear na internet no meio de cravos vermelhos e de canções abrilinas. Vi também na televisão velhos que sabem tudo e jovens que não sabem nada, ou o contrário, de acordo com as novas tecnologias, novas oportunidades ou qualquer outra coisa feita do néon eufórico que embala a cegueira nossa de cada dia. Pareceu-me que nunca se tinham encontrado, que nunca choraram juntos, que nunca cantaram a mesma canção, nem sequer sentiam na mesma língua.
Eu também sou filha de laerce, nunca o neguei e, embora rafael me tenha ignorado quando pintou a escola de atenas, atenas não se esqueceu de mim e continua a ensinar-me hoje como se constrói o amanhã.
imagem: escola de atenas (pormenor), rafael
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