terça-feira, abril 29, 2008

a indecisão do tempo

Situação inicial: clipóvoa, electrocardiograma, fila de atendimento, sala de espera, o relógio na parede marca nove e quarenta. Impossível. Cheguei à clipóvoa às nove, ouvi o sinal horário na rfm quando estacionava o carro a dois passos de distância, havia apenas uma pessoa à minha frente na fila, fui logo atendida, não há dois minutos que me sentei, o relógio está adiantado.
Desenvolvimento: levanto-me, há outra sala depois de um largo corredor, prefiro esperar lá, sento-me, descubro que não tenho comigo o telemóvel (que se dane), olho o relógio, oito e cinquenta e cinco. Não pode ser. Que se passa com os relógios. Na dúvida, é melhor aproximar-me da sala de espera de cardiologia.
Sala de espera de cardiologia, são dez e cinco. Como dez e cinco. Quem está doido aqui. Que relógios são estes. Quem os deixa à solta. As horas não dependem de um ponto de vista. Que horas são? Depende.
Desfecho: menina, tenho o exame marcado para as nove e trinta. Um electrocardiograma não admite prolepses ou analepses antes de se realizar de facto. É preciso uma hora determinada, um ponto fixo, uma respiração tranquila, um relaxamento muscular. Diga-me, quantas salas de espera há nesta clínica?


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